Academia Regenerar

Regular as emoções com a Respiração

"Permite que uma respiração relaxada e alinhada encha
o teu peito e esta vai circular e misturar-se com a tua mente
(...) Não te mantenhas eufórico ou zangado. Deixa apenas
que uma respiração equilibrada e alinhada encha o teu peito."
O Livro do Treino Interno (final do século IV a.C.)*

Há cerca de 25 anos, uma amiga minha pediu-me que fosse entrevistado para os casos de estudo necessários ao curso que estava a realizar.

Durante a entrevista, como se fosse uma consulta, ela fez uma observação:

"Já reparaste como estás a respirar quando falamos neste tema que te gera mais stress?"

De facto, não só estava inclinado para a frente, como também a respirar de forma mais torácica.

Para mim, foi daquelas descobertas que me deixou entusiasmado: esta relação entre o corpo e a mente, que conhecia teoricamente, mas que ali experimentei de forma prática.

E neste momento? Como está a respirar?

  • Pelo nariz ou pela boca?
  • Está com a respiração em paragem ou está a fluir de forma natural?
  • A sua respiração está leve ou pesada?
  • Profunda no abdómen, como um bebé, ou superficial e torácica?

A respiração é um dos meus métodos preferenciais de diagnóstico, porque está a acontecer a cada momento e revela como está a nossa mente; além disso, a sua regulação tem efeitos imediatos no nosso corpo e mente.

Não só posso diagnosticar mas actuar e criar resultados imediatos.

O cultivo de padrões de respiração mais alinhados com a nossa fisiologia humana pode ter efeitos duradouros na forma como observamos o mundo.

Acredita-se que um adulto realiza cerca de 35.000 decisões por dia.

Algumas delas conscientes e outras inconscientes.

Também se sabe que, se estamos cansados, sob stress ou ansiosos, procuramos decisões que gastam menos energia.

No entanto, as decisões que gastam menos energia nem sempre são aquelas que nutrem a sua vida.

Alguns exemplos:

  • Comer uma refeição processada e menos nutritiva, porque não tem energia para cozinhar ao final do dia, mesmo sabendo que lhe fará mais mal do que bem.
  • Irritar-se frequentemente com a pessoa X ou Y, mesmo sabendo que é disfuncional, mas parece algo incontrolável, e no final sente-se pior do que antes.
  • Incapacidade para deixar um alimento que considera nocivo para si — no top estão o açúcar, alimentação processada, alimentos com glúten de qualidade duvidosa ou alimentos gordurosos como queijo, molhos, aperitivos, batatas fritas de pacote e gelados. Sabe as consequências, mas naquele momento não quer saber, ou acredita que será a última vez.

Quando tradicionalmente se diz que práticas como a regulação da respiração nos podem salvar a vida, não significa que, se não as fizermos, vamos morrer aqui e agora; mas sim que a vida é feita de decisões e estas surgem de um local que não seja:

  • De stress e ansiedade, mas sim de um local mais calmo e relaxado, mais alinhado com o seu Ser e as suas ambições mais profundas.
  • Um local de sobrevivência, onde se repetem padrões e decisões que criam mais desgaste do que nutrição, em vez de serem tomadas num estado de maior vitalidade física e emocional.

Então inicia-se um processo em que a vida vai perdendo gradualmente vitalidade, como diz o meu amigo Luís Martins Simões: "há pessoas que morrem aos 40 mas só são enterradas aos 70".

Isto porque a qualidade dos nossos pequenos gestos se vai perdendo, não porque não queremos mudar, mas porque não temos energia, atenção ou espaço mental para o fazer.

Nesta semana, lembre-se da possibilidade que existe a cada momento de observar a sua respiração.

  • Nasal em vez de pela boca.
  • Leve em vez de pesada e ruidosa.
  • Profunda em vez de superficial.

Boas práticas,

Lourenço de Azevedo


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Boas práticas e até para a semana,

Lourenço de Azevedo


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