Tu não mandas em mim!

A pirâmide de Maslow data de 1943, nesta pirâmide são apresentadas as necessidades do ser humano hierarquicamente.

Segundo este psicólogo, sem as necessidades fisiológicas básicas preenchidas, não faz sentido pensar em Família, assim como a Estima, tem como base um nível de Amor/Relacionmentos estável.

Não faz sentido, propor a alguém que se realize pessoalmente e seja criativo, se essa pessoa está a morrer de fome.

É fácil transpor este modelo de pensamento, quando existe a oportunidade de criar transformação na sua vida.

• Ainda não é a melhor altura para começar
• Talvez para o mês que vem
• Quando a vida estiver mais estável e organizada

No entanto, o desafio que as práticas tradicionais colocam é outro:

Independentemente do nível que se encontra, estão sempre reunidos todas as condições para começar.

Se Nelson Mandela esperasse 27 anos até ser libertado, para fazer a sua rotina diária de 45 minutos de corrida no mesmo local, na sua cela, 200 abdominais e 100 flexões, provavelmente não teria sido libertado vivo, ou pelo menos com tanta vitalidade como aconteceu em 1990 - capaz ainda de uma carreira política exemplar.

Se Joseph Pilates, criador do método de Pilates, esperasse para ser libertado do campo de detenção onde se encontrava na II Guerra Mundial, para começar a estudar e aprofundar as técnicas deste método e não as aplicasse no seu contexto, para se fortalecer enquanto detido, é provável que o resultado fosse bastante diferente.

Como seria a pirâmide das necessidades no caso destes dois senhores?

Vale a pena olhar para a imagem acima e imaginar como pode ser transposta esta pirâmide para uma prisão do Apartheid, ou para um campo de detenção na II Guerra Mundial.

• Ainda não é a melhor altura para começar
• Talvez para o mês que vem
• Quando a vida estiver mais estável e organizada

Não existe dia melhor para começar que hoje - agora.

A isso chama-se liberdade e resiliência - praticar onde quer que esteja e para onde vá. Independentemente das condições, físicas, meteorológicas, económicas ou políticas.

Ou como expressam as crianças tão bem - “Tu não mandas em mim!”

Boas práticas obrigado pela vossa prática

Lourenço de Azevedo

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