Quando começar a Regenerar
Há dois anos, em novembro, tomei uma decisão que já tinha tentado dezenas de vezes: focar-me em ganhar uma visão mais ampla sobre as minhas finanças.
O que entra, o que sai, e onde estão os buracos negros do nosso orçamento. Aqueles lugares onde o dinheiro escoa mês após mês sem ser dada a devida atenção.
Tentei talvez dezenas de vezes. Dezenas de vezes falhei.
As razões eram as habituais: falta de disciplina, a aplicação errada, sentir-me assoberbado pelo processo. Olhando para trás reconheço que esta era apenas a história que estava a contar a mim mesmo, para me dar uma palmada nas costas amigável de que falhei mas tinha tentado o meu melhor.
Então porque é que passado dois anos este hábito se mantém quando todos os outros falharam?
Uma razão: o momento certo.
Nas tentativas anteriores tinha começado quando estava aflito. Quando estava apertado. Quando a conta tocava o zero. Quando tinha menos energia.
Cada vez que "caía" o IVA e era assustador. Antes do verão quando via que o que tínhamos na conta não era suficiente. Depois de uma despesa grande. Depois do Natal quando olhava para a conta e dizia: "Ai meu deus temos mesmo de nos organizar."
O que mudou:
Comecei num mês, novembro, em que não havia um stress acrescido, não estávamos com a "corda no pescoço".
E essa percepção vinha de um factor apenas: tinha energia. Nem muita nem pouca, mas a suficiente.
Descobri, sem querer, algo fundamental sobre mudança sustentável.
Os dois piores momentos para tomar uma decisão dependem de dois factores:
Ter muita energia.
Ter pouca energia.
Quando temos muita energia, acreditamos que tudo é possível e ignoramos o facto de que ela vai eventualmente acabar por descer. Inscrevemo-nos em três projectos ao mesmo tempo, comprometemo-nos com rotinas diárias ambiciosas, convencemo-nos de que desta vez vai ser diferente.
Quando temos pouca energia, acreditamos que tudo é impossível e ignoramos o facto de que ela vai eventualmente acabar por subir. Adiamos, desistimos antes de começar, decidimos que aquilo que precisamos é demasiado para nós neste momento.
Pense num momento da sua vida em que tomou uma decisão de começar algo ou parar de fazer algo que depois falhou mais tarde.
Provavelmente começou quando estava ou no topo da onda ou no fundo do poço. Ou porque se tornou demasiado para o seu ecossistema – a agenda afinal não chegava, os outros compromissos abafaram o que tinha previsto que ia ser grandioso. Ou porque afinal não viu bem as coisas e aquilo que parecia avassalador mudou depois de uma boa refeição e uma boa noite de sono.
Ao iniciar um dos hábitos que tive mais dificuldade em criar numa época em que o stress do Natal e do Ano Novo ainda não se tinha instalado, consegui que dois anos depois esse hábito se mantivesse, com vantagens óbvias para todo o ecossistema Regenerar.
Os programas de transição sazonal que crio seguem este princípio.
Especialmente o de Inverno.
Não adianta cavar o poço quando a casa já está a arder, diz-e no Oriente.
Mas é isso que fazemos quando perdemos o contacto com os ritmos naturais: esperamos até ao limite, começamos quando já não há escolha, quando a energia já está "nas lonas", quando a ferida abre, quando dói mesmo.
E então não estamos a iniciar uma mudança sustentável. Estamos a colocar o que desejamos evitar debaixo do tapete, disfarçado de um hábito novo e luzidio que prometemos a nós mesmos que desta vez vai resultar.
No dia 1 de Dezembro começa o novo ciclo de prática, de transição e preparação para o Inverno.
Práticas diárias, em directo que ficam depois gravadas.
Três Masterclasses.
O meu apoio incondicional.
Comunidade de apoio.
Estas são algumas das frases que deixam no retorno final destes programas de transição:
Mais tranquila, enraizada.
O meu nível de energia e motivação melhorou grandemente, foi um impacto enorme na minha vida.
Mobilidade extra e conhecimento de novas práticas.
Mais consciência corporal e mais presença em mim.
Mais calma e mais vitalidade. E em certos movimentos do dia a dia noto-me com mais flexibilidade. E arriscaria a dizer, também com mais flexibilidade mental.
Começamos dia 1 de Dezembro, na próxima segunda-feira.
Antes que o ruído se instale.
Enquanto a mudança que deseja encontra tempo e espaço para acontecer.
Enquanto ainda tem energia – nem muita nem pouca, mas a suficiente – para criar algo que se sustente.
Se se este é o momento para si.
As inscrições terminam no dia 28 de Novembro.
Até para a semana.
Participar no programa de Transição para o Inverno
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