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Caminhar como os Imortais

Para além da definição de que um Imortal é alguém que vive para sempre, existe outra definição tradicional para esta palavra.

Um amigo meu perguntou ao seu professor chinês: Onde estão os imortais da antiguidade? O professor respondeu: Estão mortos.

Ser imortal numa perspectiva tradicional significa alguém sábio, alguém que tinha uma visão fora da caixa.

Esta pessoa seria sábia porque teria algo valioso a acrescentar à situação. Seria alguém extraordinário. 

Há mais de duas décadas foi-me apresentado uma prática que se chama o Passo dos Imortais e que na sua essência é um passo em que se caminha para trás de forma informal, em vez do comum caminhar para a frente.

E porquê andar para trás está relacionado com a imortalidade?

Em primeiro lugar porque os mortais caminham para a frente, ao caminhar para trás já estamos a criar um movimento que é fora da caixa e também extraordinário. 

Quando caminhamos para trás caminhamos mais devagar, podemos ver de forma panorâmica e criar novas conexões com o meio ambiente. 

A questão da necessidade do passo dos imortais é esta:

Todos nós temos energia e basta estarmos vivos para ter acesso a ela e sermos uma prova viva desse estado. 

Com mais ou menos esforço levantamos-nos da cama, com mais ou menos esforço chegamos a horas ou 15 minutos atrasados, com mais ou menos esforço comemos o que acreditamos que é o melhor que podemos fazer naquele momento, com mais ou menos esforço lidamos com as nossas interacções pessoais e procuramos com mais ou menos esforço manter uma harmonia.

Todos procuramos algum nível de felicidade, saúde e relações nutritivas. 

Assim segue a vida, onde existe energia para este ciclo que começa com o acordar e termina com o deitar, com mais ou menos esforço.

Até que um dia surge uma situação extraordinária, uma situação que não estávamos de todo à espera, uma situação que vai disromper a nossa rotina de com mais ou menos esforço.

E agora?

A questão aqui é onde será possível ir buscar a energia quando esta rotina passa de uma rotina do habitual para uma rotina extraordinária?

Onde o com mais ou menos esforço já não chega. 

O passo dos imortais.

Esta é a metáfora do paradigma que o ser humano encontra entre ser extremamente efectivo no meio ambiente onde habita e ter tempo para se dedicar a actividades vistas como inúteis, mas que desenvolvem capacidades e recursos para os tempos de crise.

Quando somos demasiado eficientes e estamos demasiado adaptados a um ambiente específico, quando este muda temos o cenário para uma grande crise.

Tal qual os dinossauros que em mais de 140 milhões de anos estiveram por cá, perfeitamente adapatados e depois entraram num processo de extinção. No entanto, outros animais sobreviveram, talvez mais pequenos, talvez mais inúteis, esses são os os primeiros imortais, porque se adaptaram. 

Andar para trás, comer bem, contemplar, meditar, ter curiosidade por assuntos que não estão directamente ligados com o ambiente onde estamos perfeitamente adaptados, podem ser actividades observadas como desnecessárias.

Desnecessárias, num contexto que não trazem nada de relevante a onde nos movemos, nem à nossa vida, se a eficiência é a prioridade. Mas em tempos de crise é a esta biodiversidade que foi sendo acumulada nos tempos inúteis que o corpo e mente vão buscar recursos, para encontrar soluções criativas, para aquilo que nos está a criar desafios. 

Andar para trás pode ser uma prática que nos lembra que para situações extraordinárias necessitamos também de soluções extraordinárias. Estas soluções não se encontram no registo com mais ou menos esforço se vai levando a vida.

Mas no manter viva a curiosidade infantil sobre o que nos rodeia. 

E que embora não garanta que seremos imortais é decerto algo que nos pode fazer regressar ao universo onde tudo era possível, criativo e extraordinário. 

À fantástica mente de principiante que as crianças dominam com tanta mestria. 

Fica a proposta de hoje realizar algo de inútil e extraordinário pelo seu dia e por si. Porque não, caminhar como os imortais.

Boas práticas 

Lourenço de Azevedo 

 

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