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NRG #04 - Fazer as pazes com a mudança

Neste artigo, vamos explorar a Depressão Afectiva Sazonal (DAS) no contexto do outono.

Vamos observar os sinais e sintomas, as razões por trás da sua origem e, mais importante, estratégias de navegação desta condição, enraizada nas práticas de sustentabilidade pessoal e hábitos saudáveis.

A maioria das pessoas falha em gerir a DAS porque desconhece a sua existência ou subestima o seu impacto nas suas vidas.

Pode ser considerada como “tristeza de inverno” ou “letargia outonal”, no entanto para alguns esta condição torna-se crónica e diminui consideravelmente a qualidade de vida.

Imagine o outono não como uma antecipação sombria do inverno rigoroso, mas como uma estação também por si só cheia de oportunidades de desenvolvimento pessoal e regeneração. Esta mudança de perspectiva é o primeiro passo para transformar a sua relação com as estações mais frias.

A génese desta condição está na mudança e de como se adapta às mesma, e embora todas as mudanças tragam oportunidades, quando existe falta de energia e vitalidade nem sempre é possível reconhecer estas oportunidades e coloca-las em prática.

Nem sempre é fácil também aceitar, quando temos menos energia, que a vida tem ciclos e que socialmente existe este obsessão pelo crescimento contínuo. Procura-se os altos e reprimem-se os baixos. Sem entender que estes baixos da onda quando bem aproveitados trazem o substrato para os períodos mais activos das nossas vidas. Assim como a reflexão, contemplação ou uma noite bem dormida tem o poder mágico de clarificar a nossa mente e focar as nossas acções.

Ao sentir sintomas como fadiga, falta de interesse pela vida, tristeza, falta de foco ou uma alimentação mais caótica e calórica, geralmente baseada em carboidratos simples, como açúcar e fast food, pode ser um indicio que não está a conseguir-se adaptar à estação que está a viver.

Assim o que lhe vou propor são princípios que lhe permitem construir nesta estação, passo a passo, a sua vitalidade.

Comece por ajustar a sua alimentação. O outono, como outras estações, pede mudanças específicas - pense em alimentos quentes e nutritivos que estejam alinhados com a estação. Recomenda-se utilizar um pouco mais de sal, marinho integral, um pouco mais de gordura, óleos vegetais de boa qualidade e de pressão a frio, e um pouco maus de tempo de cozedura, reduzindo a utilização de alimentos crús. Privilegie estufados, algum forno e alimentos naturalmente doces, os cereais integrais com o arroz, abóbora, cenoura, couve flor, folhas verdes ou batata doce, ajudam a regular de forma sustentável os seus níveis de açúcar. Níveis de açúcar regulados mente regulada.

Práticas físicas: especialmente aquelas que incluam o ecossistemas corpo, mente e respiração no processo. Nesta categoria temos exercícios como o Chi Kung, Yoga ou para os indivíduos mais activos as artes marciais tradicionais.

Aprender a gerir a mente e as suas emoções: Incorporar práticas de mindfulness, como a meditação, pode ser em alguns casos essencial. Pra mim a meditação é uma ciência criada para compreender a mente de uma forma experiencial. Não a mente dos outros mas a nossa. O processo meditativo auxilia observar todos os eventos como eventos passageiros e que não é a vontade que estes eventos terminem, quando são dolorosos, ou que durem para sempre, quando nos agradam, que vai resolver os dramas da vida humana, mas como os vivemos e os navegamos com paciência e compaixão pela pessoa mais importante neste processo - nós mesmos.

Procure Apoio: Qualquer estação do anos coloca-nos numa paisagem distinta, o outono trás-nos a possibilidade de contactar com temas que estão esquecidos durante o resto do ano. Nem sempre estes temas são fácies de abordar, mas é no outono que existe o potencial e a possibilidade de contactar e dialogar com eles e de dar mais um passo, por mais pequeno que seja na sua compreensão. Abordar o trauma, o luto, a perca, o desconforto é possível no verão ou primavera, mas o ecossistema e a linguagem destas estações são outros, mais para o exterior e para a celebração. Procurar alguém próximo que nos possa ouvir, ou mesmo ajuda profissional, pode ser necessário para auxiliar e harmonizar o nosso interior com o exterior e trazer em conjunto soluções criativas e nutritivas para os desafios que está a viver na sua paisagem interior.

O outono não é apenas uma prelúdio sombrio para o inverno, mas uma estação de crescimento e regeneração com características muito poderosas quando bem compreendidas e utilizadas.

Lembre-se de que sua jornada de bem estar é uma maratona, não uma corrida breve. Cada passo que dá em direção à compreensão e gestão da sua saúde física e mental é um passo em direção ao que deseja criar para si.

Abrace a mudança trazida por esta estação que é parte inevitável das nossas vidas, mas o sofrimento pode ser opcional.

Quais são os desafios que sente com o outono? Deixe abaixo o seu comentário.

 

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